Especial Haiti

A geografia e a cultura do país mais pobre das Américas

Diante do ocorrido no último dia 12, o abalo sísmico que cobriu grande parte do território haitiano, veja abaixo um especial com informações além da miséria e do descaso dos que governaram e que ainda governam este pequeno país caribenho com a desculpa que estão pela paz.

A imprensa brasileira porcamente está cobrindo o que está ocorrendo por lá e deixou por muito tempo de comentar o que se passa antes dessa tragédia acontecer. Uma fonte mais segura e menos censurada sobre o dia-a-dia após o terremoto pode ser lida por blogs de brasileiros que estão no Haiti:

  • dos pesquisadores do curso de Ciências Sociais da Unicamp onde foram ao Haiti com a intenção de fazer uma pesquisa de campo em antropologia, conflito e pós-conflito.
  • e do Capoeirista Flávio Salvador, que coordena a implementação de um projeto de capoeira em Porto Princípe (Gingando pela Paz), com o objetivo de compartilhar saberes, aproximar culturas, bem como formar educadores haitianos em capoeira para que eles dêem continuidade as atividades do projeto no país.


  • Afinal, o que aconteceu?

Ocorreu o que chamamos na Geologia (ciência que investiga o meio natural do Planeta) de Abalo Sísmico ou Terremoto.

É um tremor de terra que pode durar segundos ou minutos.

Crédito: http://www.geografiaparatodos.com.br

Ele é provocado por movimentos na crosta terrestre, composta por enormes placas de rocha (as placas tectônicas). Outros motivos relacionados ao abalo sísmico são os deslocamentos de gases (principalmente metano) e atividades vulcânicas.

Na região do Haiti existem duas placas que se colidem (Placa de Cocos e Placa Caribenha), criando assim uma zona sísmica e propícia a vulcões.

A escala mais usada para medir a grandeza dos terremotos é a do sismólogo Charles Francis Richter. Sua escala varia de 0 a 9 graus e calcula a energia liberada pelos tremores. O que atingiu o Haiti foi a de 7 graus, o mais forte desde 1770 e seu epicentro distanciou apenas 17km da capital.

Crédito: http://earthquake.usgs.gov/earthquakes/shakemap/global/shake/2010rja6/

O Cônsul branco do Haiti no Brasil, não sabendo da teoria das placas tectônicas, devia ter estudado mais geografia e, assim, não passaria por esse vexame (acho que ele tava tentando competir com o Bóris Casoy)...



Vamos ver se agora diante da propagação deste vídeo, esse preconceituoso perde o emprego pois não é digno do posto que ocupa!

  • Uma história de lutas

Foi a única nação negra liberta das Américas em 1804. Primeiro país negro livre no mundo moderno e exibiu a mais próspera economia do Caribe. Sua independência foi um passo decisivo em busa dramática pela liberdade, que continua até hoje. Pagam pela ousadia de se oporem aos seus exploradores.

Seu principal produto ainda hoje continua sendo o açúcar. De excelente qualidade, concorreu com o açúcar brasileiro no século XVII e junto com toda produção das Antilhas serviu para a desvalorização do açúcar brasileiro na Europa.

Atualmente sua economia encontra-se destroçada em ruínas. O país permanece extremamente pobre, sendo o mais pobre da América e de todo o Hemisfério Ocidental. 50,2% da população é analfabeta e a expectativa de vida é de apenas 51 anos.

Sua população está concentrada nas zonas urbanas, planícies costeiras e vales. Dois terços da população vivem em áreas rurais. Cerca de 95% dos haitianos são de ascendência negra. O francês é uma das línguas oficiais, mas é falado só por certca de 10% da população. Quase todos os haitianos falam Krèyol (Crioulo), a outra língua oficial do país. Além da religião católica, a maioria pratica a religião vodou, trazida pelos descendentes africanos trazidos escravos na Ilha.
Créditos: Oscar Henrique Cardoso, Especial para o Portal Palmares


  • Patrimônio Histórico e Cultural do Haiti

Parque Nacional Histórico

Localizada ao norte do país a 27 Km da cidade Cap-Haïtien, os monumentos haitianos datam do século XIX, quando o país declarou a sua independência. A Citadelle Laferrière em particular, o palácio de Sans-Souci e Ramiers servem como símbolos universais de liberdade, sendo os primeiros monumentos construídos por escravos negros que tinham ganho a sua liberdade. Sendo um símbolo do Haiti e um motivo de orgulho, foi declarada Patrimônio Mundial da Unesco em 1982. É actualmente um dos destinos turísticos mais populares do país.

  1. Citadelle Laferrière






















Construída entre 1805 e 1820 por cerca de 20.000 homens. O objetivo da construção da citadelle era a proteção do recém-indedependente país das invasões francesas.




2. Palácio de Sans-Souci

O Palácio de Sans-Souci (em francês sem preocupação) era a residência de Henri Cristophe, o rei do Haiti entre 1811 e 1820.








O palácio foi terminado em 1813 e foi-lhe posto esse nome em homenagem ao palácio de verão - o sanssouci - de Frederico o Grande, Rei da Prússia na cidade de Potsdam. O palácio foi destruído por um terremoto em 1842 e nunca mais foi reerguido.






Fort Liberté


A principal cidade de um dos distritos de mesmo nome do norte do Haiti.

Uma das cidades mais antigas do país, foi fundada em 1578 e
construída no estilo das cidades francesas.









Localiza-se de frente para uma baía onde pode-se visitar muitos fortes por barco, sendo o mais famoso deles o Fort-Dauphin construído em 1732.

A cidade era chamada de Bayaha pelos indígenas e espanhóis; os franceses a chamaram de Fort-Dauphin até serem expulsos em 1804, quando então o país se tornou independente.






Vodou Haitiano

Com fortes elementos dos povos da África Ocidental, o vodou desempenhou um papel longo e muitas vezes malvisto no desenvolvimento do Haiti e da identidade cultural do país. Em 1791, uma cerimônia de vodou realizada por escravos nos arredores da cidade de Cap-Haïtien, norte da ilha, deu início a 13 anos de luta contra os colonizadores franceses, terminando com a independência da Ilha.




Similar a outras religiões da diáspora africana, tais como o Candomblé e a Umbanda no Brasil que evoluíram entre descendentes de africanos transplantados nas Américas, o vodou é considerado um dos patrimônios culturais imateriais do Haiti.
Crédito desta imagem: Vallester Macaé

O turismo haitiano tem explorado o voduísmo com afinco. A ministra do turismo, Martine Deverson, disse: "Hoje em dia existe uma consciência maior do patrimônio cultural do Haiti e o vodu, apesar de freqüentemente ser confundido com magia negra, pode ser fator de atração para os visitantes". Fonte:



Tap-Tap

Diversas países no mundo possuem meios de transportes que se tornaram verdadeiros símbolos: a gôndola da Veneza; o Taxi de Nova Iorque; o Bondinho do Pão de Açúcar e de Santa Teresa, do Rio de Janeiro; o ônibus de dois andares de Londres; a bicicleta de Amsterdã; o Shinkansen, famoso trem-bala de Tóquio; entre outros.

No Haiti, mais expressivamente em Porto-Príncipe, tem o Tap-Tap, o principal meio de transporte do Haiti.

Desfilando cores, imagens e símbolos são verdadeiras obras de arte e demonstram a enorme aptidão deste povo para o artesanato. O Tap-Tap conta ainda com uma festa, a FATAH, Festa dos Artesões de Tap-Tap Haitianos. O evento nacional elegeu o ônibus mais bonito e limpo.
Fonte: Flavio Saudade
6 Responses
  1. Anônimo Says:
    Este comentário foi removido por um administrador do blog.

  2. Anônimo Says:

    legalzibho


  3. Anônimo Says:

    muito bom kkkkkkk salvou minha vida coisa linda da mamãe!!


  4. Anônimo Says:

    mudo minha vida!!!!


  5. haiti Says:

    haiti e uma cidade bonita ,so que e um lugar que foi destruido pelo terremoto .tendo em vista onde agente senti tristesas, em ver que tem pessoas que em muito dinheiro e outros nao tem nem o que comer e nem onde morar, mas tenho certesa que deus esta com tds eles e com tds nós que estamos aqui......


  6. Anônimo Says:

    Gostei do material! Vai servir de fonte para o projeto sobre Africanidades da escola que trabalho.


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