Edificação na Rua Augusta em SP será derrubado para construção de prédio

A história da música de Adoniran Barbosa se repete na esquina da rua Augusta com a Dona Antônia de Queirós (centro de SP): um "palacete assobradado", usado como cortiço e cuja história é um pouco desconhecida.
Comprado pela construtora Esser, que não deu detalhes sobre o empreendimento, tampouco de quem comprou e quanto pagou pela área, o terreno dará lugar a mais um dos vários empreendimentos que surgem na região e que elevam o preço do metro quadrado na área à casa dos R$ 6.000. O valor é o mesmo encontrado em bairros nobres como Vila Madalena, Brooklin e Moema. 
Esta valorização está expulsando os tradicionais prostíbulos da Augusta para dar lugar, além de prédios de alto a padrão, a bares, clubes e restaurantes.Na última sexta, "veio os home co'as ferramenta". O novo dono mandou derrubar a construção, que havia anos estava em péssimo estado de conservação. Deu três dias para desocupação. Segundo o engenheiro responsável pela demolição, o trabalho de desmonte do casarão duraria no máximo duas horas se fosse feito mecanicamente. Como não há espaço para o maquinário, a intervenção será manual e vai durar cerca de um mês.

Sem Teto
 
Porém, nem todos os atuais seis moradores "pegaram as coisas e foram pro meio da rua apreciar a demolição". O pedreiro José Raimundo da Silva, 59, que  habita no local há seis anos, teve que ficar. "Não se aluga nada hoje em dia sem contrato e isso demora uns dias".
A demolição começou com ele dentro mesmo. Ontem, seu José, que até poucos dias atrás se reunia com os "companheiros de maloca" na calçada do prédio para jogar dominó e fazer churrasquinho, reclamava que seu quarto já estava sem teto. A chuva molhou seus documentos. "Ninguém veio nem avisar. Achei uma sacanagem", diz.
 
Características do imóvel
 
Os integrantes do movimento Preserva São Paulo, especialistas em rastrear a história do patrimônio avaliam que o prédio seja em estilo "art nouveau". Os órgãos de patrimônio tampouco se interessaram pela construção. Não há qualquer resolução de tombamento no Departamento de Patrimônio Histórico do município, Conpresp e Condephaat. 
 
De acordo com o site São Paulo Antiga, ele data de 1913 e pertenceu a August Schauerte que ocupou o andar superior, até o final dos anos 1960. Já o andar inferior, destinado a fins comerciais, foi durante muitos anos endereço de uma bem conhecida loja de produtos ortopédicos da região, chamada Ortopedia Salva-Pé (hoje, Salvapé Produtos Ortopédicos). Com o tempo a empresa cresceu e mudou-se do local.
 
Fonte: Folha de S. Paulo (revisado, pois o texto estava muito ruim) e São Paulo Antiga  Fotos: Alexandre Rezende (Folha) e Douglas Nascimento (SPa)

Eu apoio Blog Sujo!


O papel da blogosfera em 2010

A força da rede se deu principalmente com a atuação dessas pessoas. Incomodou tanto que o próprio Serra se revoltou e xingou a blogosfera, dizendo que esses blogueiros eram pagos pelo PT, eram “blogueiros sujos”. A reação a essa declaração acabou dando o efeito contrário do que queria o tucano e fortalecendo os “sujos”, que passaram a ostentar o título com orgulho.
O período eleitoral coincidiu com a realização do I Encontro de Blogueiros Progressistas, em São Paulo. Em sua maioria identificados ideologicamente com a campanha Dilma, mas independentes, sem incentivo governamental ou partidário, organizaram-se em uma espécie de rede. Eram eles que produziam a maior parte do conteúdo que circulava na rede na campanha dos candidatos de esquerda, mas mesmo os textos produzidos pela equipe da campanha não teriam a mesma força se não fossem repercutidos por esse pessoal. O ano de 2010 foi o primeiro ano em que a internet entrou pra valer na disputa eleitoral no Brasil.


Agora somos todos "Sujos"!

O Luis Nassif Online lançou a Campanha "Eu apoio Blog Sujo. Não acredito na grande mídia "limpinha" e convoca blogueiros a aderirem.

Em colaboração, o Geografia e Cultura também disponibiliza matrizes do selo Blog Sujo para a utilização nas páginas progressistas da blogosfera.

Arquivos:





 












Fonte: http://clippingdomario.blogspot.com/ e http://somosandando.wordpress.com/

Cidades Históricas terão financiamento para recuperação de imóveis privados

O crédito para a recuperação de imóveis privados em cidades históricas será liberado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em conjunto com o Banco do Nordeste
O contrato de prestação de serviços para a implementação de financiamento, assinado em 16 de Novembro faz parte das ações do  Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Cidades Históricas, lançado em outubro de 2009.
O Banco do Nordeste já é parceiro do Iphan no PAC Cidades Históricas e, com o novo contrato, as ações desenvolvidas poderão ser estendidas a novos proprietários de imóveis privados, tombados como patrimônio cultural, que se beneficiarão com uma linha de financiamento específica, a juros zero, para reformar suas residências.
O financiamento de imóveis privados teve início por meio do Programa Monumenta, que ultrapassou, em 2010, a marca de 400 contratações, totalizando R$ 19,8 milhões liberados para municípios de todo o País. Com o encerramento do programa, a continuidade desta ação será realizada diretamente pelo Iphan no âmbito do PAC Cidades Históricas.

Fonte: Pantanal News

Campanha contra o bloqueio de Blogs

Porque nas escolas, faculdades, empresas e outros ambientes os blogs estão sendo bloqueados?Alguns blogs não podem ser bloqueados e discriminados pagando pelos erros de pessoas sem escrúpulos que mancham a reputação de blogs de qualidade e conteúdo relevante. 

Saiba como participar da Campanha “Diga não ao bloqueio de blogs”

A GF Soluções e o Informação Virtual se uniram para criar a campanha “Diga não ao bloqueio de blogs”, que tem dois objetivos principais:
  1. Conscientizar os blogueiros de que empresas, bibliotecas, faculdades e escolas bloqueiam blogs com palavras específicas na url como blogger, blogspot, blog, wordpress entre outros, sem levar em conta o conteúdo desses blogs.
  2. Conscientizar os administradores de rede de empresas, bibliotecas, faculdades e escolas que os blogs possuem conteúdo relevante para seus colaboradores e estudantes.
Como participar
Escreva um post divulgando a campanha, coloque o banner da campanha em seu blog ou outras redes sociais e envie essa notícia para seus amigos que trabalham em empresas ou estudam e frequentam escolas, faculdades e bibliotecas que bloqueiam blogs. Vamos conscientizar os administradores de rede de que possuímos conteúdo relevante para seus colaboradores e estudantes!

Câmara Municipal de Formiga-MG busca outro terreno para sua sede

Câmara Municipal de Formiga-MG deverá buscar outro terreno para construir sua sede. O patrimônio seria descaracterizado e teria visibilidade prejudicada caso fosse executado o projeto inicial, que previa a construção no entorno de imóvel tombado, a Casa do Engenheiro.
O Ministério Público Estadual (MPE) expediu Recomendação à Câmara Municipal de Formiga para que a construção da sede própria do Poder no município não seja iniciada no local pretendido sem autorização do Conselho Municipal do Patrimônio Cultural.


A Câmara havia proposto mandado de segurança contra a decisão administrativa, mas o pedido foi negado pela Justiça. O conselho negou a autorização, pois foram encontrados vários problemas na proposta, entre eles a necessidade de apresentação de novos estudos como os de impacto de vizinhança e de risco geológico e o fato de o projeto apresentado interferir negativamente na integridade estética, ambiência e visibilidade do bem tombado.
Ainda, além de o projeto não atender às normas relativas à acessibilidade de pessoas com necessidades especiais, foram identificados equívocos na planta topográfica e nos documentos apresentados pela Câmara.
Segundo informações da imprensa local, os vereadores deverão se reunir com o prefeito com o fim de buscarem um novo terreno para a sede da Câmara Legislativa de Formiga.

A cidade de Formiga tem 150 anos, com mais de 60mil habitantes. Possui Plano Diretor e tem Secretaria de Cultura própria. Os bens protegidos estão a nível municipal e são:

Igreja Matriz São Vicente Férrer
O pedido de ereção da Capela São Vicente Férrer foi feito em 11 de março de 1765. Este foi um marco para o surgimento e desenvolvimento do então arraial. No entanto, a igreja só foi construída em 1839 e, inaugurada, 34 anos mais tarde.  
Além dos traços, contornos e afrescos, marcantes do estilo barroco, a Igreja Matriz São Vicente Férrer guarda outro tesouro cultural. A raridade é um órgão que possuí 952 tubos e é o quinto maior do Brasil.  
Através da Lei Municipal 3327, de 2002, o órgão foi instituído patrimônio histórico de Formiga e em abril de 2004 foi tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha). No século passado, por volta da década de 20, ela foi remodelada pelo artista veneziano, Ângelo Pagnaco.

Casa do Engenheiro do Complexo Ferroviário

Pertenceu à RFFSA (Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima), e hoje pertence à Prefeitura de Formiga na qual está reformando a casa para futuramente servir como um endereço da cultura no município.


Museu Municipal

Antes Estação Ferroviária e inaugurada em 1905, serviu até início dos anos de 1990.




Casa dos Vicentinos

Antigo Paço Municipal, localizado na Praça Matriz.





Centro Musical e Teatral Maestro Zezinho (Cemute)
Instalado desde 2000, o imóvel preserva grande parte de suas características originais.  Construida no início do século XX em estilo eclético. Protegido desde 2004.

Biblioteca Municipal

Instalada no antigo prédio dos Correios e Telégrafos em 1951, o prédio foi doado por lei federal em 1953, para uso exclusivo da Biblioteca.
Escola Rodolfo Almeida
Localizam-se no centro da cidade.










Assessoria de Comunicação do Ministério Público de Minas Gerais - Núcleo de
Imprensa - Tel: (31) 3330-8016/8166/841
Créditos das Fotos: Prefeitura Municipal de Formiga

Cultura ocupa pouco espaço no debate eleitoral

Por Andrea Lombardi
Educação, saúde e segurança são os temas que têm dominado o debate eleitoral no Brasil, especialmente entre os candidatos à Presidência da República. Já as políticas públicas para a área de cultura ocupam um espaço secundário. 
Para o professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Antonio Albino Rubim, isso ocorre porque a área ainda não foi absorvida como algo essencial pelos candidatos e nem mesmo pela população: “Com raras exceções, a cultura não aparece como prioridade nas campanhas. Isso decorre também da quase ausência de políticas públicas na área de cultura”, disse o professor, que é especialista em políticas públicas culturais.
Na avaliação de Rubim, o desafio do próximo governo está na construção de políticas públicas no campo da cultura que sejam projetos de Estado. O pesquisador aponta que o país tem uma “triste trajetória” na área de cultura, marcada “pela ausência, autoritarismo e instabilidade” dos governos.
Ele considera importante que os parlamentares eleitos se dediquem à aprovação de projetos que beneficiariam a área e estão parados no Congresso Nacional. Entre eles a criação do Sistema Nacional de Cultura, a regulamentação do Plano Nacional de Cultura e a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 150, que determina um percentual mínimo dos orçamentos nacional, estaduais e municipais a serem investidos em cultura.
“Além disso, é vital que as políticas para a diversidade cultural sejam desenvolvidas e ampliadas. Isto implica rever radicalmente o sistema de financiamento à cultura, hoje ainda majoritariamente dependente das leis de incentivo”, afirmou. Ainda que não tenha tanta força no debate político, a cultura aparece no plano de governo dos principais candidatos à Presidência.
Fonte: Cultura e Mercado

Especial chuvas no nordeste do Brasil - Parte II (Alagoas)

Patrimônio Histórico e Cultural de Alagoas

Em Alagoas, existem até o momento 9 patrimônios tombados pelo IPHAN - a maioria concentrada na cidade de Penedo na divisa do Estado de Sergipe e a 157 km da capital alagoana.

Centro Histórico de Penedo

Com uma população de aproximadamente 50mil habitantes e localiza-se no extremo sul de Alagoas as margens do Rio São Francisco, a cidade de Penedo é uma das mais bonitas e antigas cidades históricas brasileiras e impressiona seus visitantes pelo seu rico patrimônio histórico-cultural. Suas igrejas, conventos e palacetes do século XVII  e XVIII proporcionam uma verdadeira viagem ao passado do Brasil Colonial.


Erguendo-se imponente sobre um rochedo às margens do rio São Francisco, a cidade de Penedo é um relicário vivo, que conserva um patrimônio artístico-cultural de grande valor, tendo sido palco de acontecimentos importantes do Brasil Colonial. As marcas dos colonizadores portugueses, holandeses, franceses e dos missionários franciscanos, podem ser constatadas na arquitetura barroca de conventos e igrejas.

Convento e Igreja de Santa Maria dos Anjos

A Igreja levou 99 anos para ser construída e tem pintura no teto de Libório Lázaro Lial Alves. Em qualquer ponto da igreja, quando se olha para a pintura os olhares de Maria e dos anjos acompanham. A igreja, de 1669, é um exemplo do estilo barroco e está integrada com o convento e o Museu de São Francisco, onde existem móveis da época. O altar-mor foi pintado com ouro em pó misturado com clara de ovo e óleo de baleia. Um amplo pátio abre caminho para as salas onde estão peças sacras antigas e outros objetos interessantes e curiosos como o ferro de fazer hóstia e a imagem de São Francisco tocando violino. No lugar pode-se saber da história da ordem franciscana de 1659 a 1759.

Igreja de Nossa Senhora da Corrente

Ela fica às margens do Rio São Francisco. O nome do templo ainda hoje é motivo de controvérsia entre estudiosos. Uns associam ao sobrenome de uma de suas benfeitoras, Ana Felícia da Corrente, enquanto outros ligam o nome de Nossa Senhora à correnteza do rio. Certo é que a devoção à Nossa Senhora da Corrente não é conhecida na iconografia católica.

A igreja mistura magnitude e simplicidade. No altar a imagem de Nossa Senhora da qual foram roubadas há cerca de 15 anos a coroa e a corrente de ouro. Durante a celebração de casamentos, os noivos eram envolvidos pela corrente para simbolizar a felicidade conjugal. É toda construída em madeira. Um painel com azulejo português chama a atençao do visitante para uma das paredes da igreja. Os pisos são ingleses importados pela família Lemos, de origem portuguesa.

A fachada é barroca e o frontão é da "escola pernambucana", com três janelas e uma porta. A nave é decorada de azulejos portugueses com motivos marianos e piso de mosaico inglês. No forro, pintura ilusionista do Sagrado Coração de Jesus. A construção começou em 1720 como capela privativa da família Lemos. No movimento abolicionista, os escravos usaram a igreja como refúgio - à esquerda do altar, veja a passagem secreta onde eles ficavam até receber uma carta de alforria falsificada e, assim, fugir para Palmares.

Igreja de São Gonçalo Garcia dos Homens Pardos

A fachada é ornada de decorações esculpidas em pedra calcária da região. Existe, nesta Igreja, um conjunto de imagens representando os passos, como também a imagem mais antiga da cidade denominada Ecce Homo. 
A capela primitiva foi construída pelos ermitões e, a atual começou a ser construída em 1758 quando a irmandade foi organizada. Como consta no pódio, a pedra fundamental foi lançada em dezembro de 1759. A fachada e o interior têm excelente trabalho de cantaria. 

As torres foram alteradas no Século XIX e comprometeram o equilíbrio original do monumento, os retábulos neoclássicos têm talha semelhante aos de Salvador, o lavabo da sacristia, de pedra calcárea, tem desenho rococó e carrancas são usadas nos pedestais das ombreiras da porta principal como nos retábulos protobarrocos espanhóis.
O frontispício é trabalhado em pedra com motivos barrocos, os cortes de pequena profundidade lembram a ourivesaria. O altar-mor é em estilo barroco, lateralmente ao arco-cruzeiro, os dois altares de canto são em estilo neoclássico e os quatro altares colaterais são semelhantes à talha neoclássica de Salvador.

Casa natal de Marechal Deodoro da Fonseca

Antiga capital do estado de Alagoas, Marechal Deodoro reúne um conjunto colonial formado igrejas, sobrados e coloridas casas do século XVIII. O acervo arquitetônico coroou a cidade com o título de Patrimônio Histórico Nacional em 2006, o que vem garantindo melhorias nas construções - muitas em ruínas. Situada na região metropolitana e distante a 33km de Maceió, tem aproximadamente 40 mil habitantes e foi  rebatizada  em 1939 para homenagear o primeiro presidente do Brasil. A edificação em estilo colonial onde nasceu e residiu  até os  6 anos o Marechal possui a fachada intacta, porém o imóvel sofreu diversas modificações e antes de ser restaurado e adaptado para servir de Museu composto de um acervo variado de utencílios e pertences pessoais.

Convento e Igreja de Santa Maria Madalena da Ordem de São Francisco

Também localizada na cidade de Marechal Deodoro, hoje serve de Museu de Arte Sacra do Estado. Sua construção inicia-se em 1635 onde existiu um recolhimento de frades franciscanos. A edificação durou mais de um século, e seu frontispício só foi concluído em 1793. Este templo apresenta características do barroco do século XVIII. D e1821 a 1839, quando da mudança da capital para Maceió, parte do convento serviu de quartel militar às tropas vindas de Maceió.






 Casa de Graciliano Ramos 
 
Localizada na cidade de Palmeira dos Índios, possui aproximadamente 70 mil habitantes e dista 136 km da capital alagoana. É conhecida por ter sido cidade de residência do escritor Graciliano Ramos, sendo este o terceiro prefeito. A casa virou museu  onde são guardados livros, documentos e trabalhos realizados pelo escritor. Escrito nesta casa, incluiu fatos do cotidiano da cidade no seu livro Caetés de 1933.




Serra da Barriga
Localizada na Zona da Mata alagoana na atual cidade de União dos Palmares, há 92 km de Maceió, nas margens do Rio Mundaú e divisa do município de Branquinha, acima do nível do mar mais de 500 metros, no então Planalto da Borborema, a Serra da Barriga antes chamada de Oiteiro da Barriga e Cerca Real dos Macacos, foi berço de liberdade de milhares de guerreiros quilombolas sublevados e determinados a viverem uma nova forma de vida, totalmente diferente da que queriam seus opressores, como povo escravizado e sem dignidade humana.
Habitaram primeiramente nos sítios e nas encostas da Serra da Barriga: A Princesa Banta – imbangala Aqualtune e seus filhos Ganga-Zumba, Ganga-Muiça, Ganga-Zona, bem como seu neto Andalaquituche irmão de Zumbi. Todos de descendência angolana da cultura Bantu dos jagas e imbangalas.

Fontes:
http://www.turismoalagoas.hpg.ig.com.br/tur-penedo.htm 
http://www.unisantos.br/pos/revistapatrimonio/painel.php?cod=1323 
http://www.ferias.tur.br/informacoes/114/marechal-deodoro-al.html
http://www.quilombodospalmares.org.br/index.php?sec=historia_serra_barriga

Especial Chuvas no Nordeste do Brasil - Parte I

Eventos climáticos provocaram as fortes chuvas na região nordestina

É triste saber das notícias e ver as fotos sobre o desastre na região Nordeste. As imagens são parecidas com o que vimos no Haiti, porém a cobertura jornalística frente a esse problema tão mais próximo de nós brasileiros é lamentável. A imprensa está mais preocupada em saber sobre a Copa do Mundo do que explicar a população e informar sobre os problemas que a população da região está passando. Isso pode ser comprovado equiparando o tempo na TV entre a cobertura da tragédia e os lances do futebol na África do Sul.

Fiz um Especial sobre o Haiti em janeiro e venho trazer aos meus leitores um Especial sobre os dois Estados Brasileiros mais afetados, Alagoas e Pernambuco. Do mesmo formato que em janeiro, não trarei aqui imagens sobre a tragédia: explanarei sobre o que ocorreu e colocarei a riquíssima variedade cultural existente na Zona da Mata Nordestina. Essa catástrofe natural já pode ser considerada segundos os especialistas a mais grave da história recente do país.

  • Afinal o que aconteceu? 
A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é um fenômeno causado pelo encontro de ventos do norte e sul e costuma agir na região da Linha do Equador. Normalmente, é comum a ZCIT descer para o Nordeste e retornar a Região Norte no verão e no outono, mas nem sempre isso de uma forma normal e acabou provocando as chuvas intensas no Nordeste Brasileiro desde o dia 17 de Junho.


A área hachurada na Figura acima indica a posição da ZCIT e do Sistema de Alta Pressão do Atlântico Norte (AAN). As setas indicam a intensificação dos ventos alísios do nordeste. Quando as águas do Atlântico Norte estão mais frias que o normal, o AAN e os ventos alísios do nordeste se intensificam. Se, neste mesmo período o Atlântico Sul estiver mais quente que o normal, o Sistema de Alta Pressão do Atlântico Sul e os ventos alísios do sudeste se enfraquecem. Este padrão favorece o deslocamento da ZCIT para posições mais ao sul da linha do Equador, e é propício à ocorrência de anos normais, chuvosos ou muito chuvosos para o setor nordeste do Brasil.

As chuvas foram reforçadas por eventos comuns na região: a Alta Bolívia (que transporta umidade da Amazônia para outros locais) e as Linhas de Instabilidade (nuvens formadas no litoral).
Por outro lado, a estiagem na Região Sul é consequência da formação antecipada de uma grande massa seca que se formou no interior do País. Por causa da ação dessa massa, outros sistemas frontais - como as frentes frias - não conseguem avançar para o continente e as chuvas ficam concentradas nos oceanos e chegam somente ao litoral.
As mortes no Nordeste, na sua grande maioria, não decorreram de deslizamentos,  como foi o caso de Santa Catarina e do Rio de Janeiro, mas de uma verdadeira massa de água que “varreu” a região, levando tudo que tinha pela frente.
Somente um volume de chuva extraordinário poderia provocar tamanha enxurrada. Em algumas áreas foram mais de 400 milímetros em tão-somente 72 horas. Observe  na figura  acima (Chuva estimada por satélite dos últimos dias) que o volume extremo de chuva foi muito localizado, o que ajuda a explicar a concentração severa de danos. A quantidade abundante de chuva somada ao fato dos rios de Alagoas serem afluentes dos de Pernambuco ampliou a tragédia no Estado de Alagoas.

  • Alagoas
Segundo o último levantamento da Defesa Civil de Alagoas, pelo menos 26.141 pessoas estão desabrigadas e precisam contar com o auxílio do Governo. O órgão procura ainda 607 desaparecidos, sendo que 500 são do município de União dos Palmares, um dos mais afetado pelos temporais.
As cidades que registram o maior número de desabrigados são: União dos Palmares (9 mil), Murici (5 mil), Rio Largo (2 mil) e Viçosa (1,2 mil). A situação é de caos em Alagoas e, além dos mortos, (num total de até agora 29) há ainda 800 pessoas feridas por conta de deslizamentos de terra e enchentes. 


  • Pernambuco 
 De acordo com a Defesa Civil de Pernambuco, pelo menos 49 cidades foram atingidas pelas chuvas, sendo que 13 decretaram estado de emergência, entre elas Cortês, Barra de Guabiraba, Palmares, Maraial e Vitória de Santo Antão. Há 17.719 pessoas desabrigadas e outras 24.331 estão desalojadas e morando temporariamente na casa de amigos e parentes. Ainda não há um número oficial de desaparecidos, mas já são 16 o número de óbitos.
  • Uma região histórica para a região e para o país 
 A Zona da Mata é a mais antiga região brasileira, onde foram desenvolvidas as atividades iniciais da colônia no século XVI. Abrange porções do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia, numa faixa litorânea de até 200 km de largura.

O clima é tropical úmido, com chuvas mais freqüentes no outono e inverno. O solo é fértil e a vegetação natural é a mata atlântica, já praticamente extinta e substituída por lavouras de cana-de-açúcar desde o início da colonização (que hoje ocupa áreas do Rio Grande do Norte a Sergipe) e pela monocultura cacaueira (no sudeste da Bahia). A organização socioeconômica tem como características a forte concentração da renda e do poder na mão dos proprietários de terra (senhores de engenho, usineiros e fazendeiros). Desde o início da colonização, foi uma área de concentração populacional. O processo de modernização e industrialização, deflagrado pelo planejamento regional das últimas décadas, também contribuiu para ampliar a concentração demográfica.
Suas principais características são: 
  1. é a mais populosa área do Nordeste, onde se situam as importantes metrópoles como Salvador e Recife; 
  2. a agricultura é marcada pela monocultura, principalmente a da cana-de-açúcar, em grandes propriedades; a agroindústria do açúcar e do álcool associa-se a essa cultura; 
  3. o turismo é uma importante fonte de atividade; 
  4. o petróleo é o principal recurso mineral e ocorre principalmente no Recôncavo Baiano e em Sergipe; 
  5. as principais zonas industriais situam-se na Grande Salvador – incluindo o pólo industrial de Camaçari – e no Grande Recife.

Fórum Juvenil do Patrimônio Mundial



O Iphan, em parceria com a Federação Brasileira dos Albergues da Juventude, promoverá a edição regional do Fórum Juvenil do Patrimônio Cultural. Deverão participar jovens de 18 a 22 anos, de todo o Brasil e de outros 18 países da América do Sul, África e Ásia.

Do Brasil, serão selecionados 27 jovens, um de cada estado da federação, e mais 18 jovens dos países que comporão o Centro Regional de Formação em Gestão do Patrimônio Cultural, unidade de referência internacional reconhecido pela Unesco e em fase de implantação no Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro e que reúne os países da América do Sul, países africanos de língua portuguesa e espanhola, Timor Leste, além de Portugal e Espanha.

Cada candidato deve inscrever um pequeno projeto de ação educativa em prol do Patrimônio Cultural. O projeto será avaliado por uma comissão composta pelo Iphan, Albergues da Juventude e outros parceiros da rede das Casas do Patrimônio do Iphan. Os autores dos projetos escolhidos participarão de uma vivência por alguns dos Patrimônios Mundiais brasileiros.

O Fórum Juvenil deverá abarcar estudantes, líderes comunitários, membros de associações vinculadas às localidades onde existem bens do patrimônio mundial e sócios da rede internacional de Albergues da Juventude. De 16 a 26 de julho, os jovens participarão de oficinas, eventos culturais, debates e roteiros de visitas a áreas relacionadas a quatro dos 17 bens brasileiros já declarados como Patrimônio Mundial, nas cidades de Foz do Iguaçu – PR, São Miguel das Missões – RS, Goiás – GO e Brasília – DF. 

O objetivo das atividades é promover a troca de experiências e apresentar ferramentas educativas centradas no envolvimento de comunidades, na construção coletiva de conhecimentos e na apropriação social sustentável dos bens que fazem parte do patrimônio cultural e são referências para a afirmação e valorização da diversidade e das identidades culturais.

As inscrições são on-line e estarão abertas até o dia 01 de julho! 
Acesse: http://www.patrimoniojovem.com.br/



Fórum Juvenil Ibero-Americano

Um mês antes do Fórum no Brasil, ocorre na Espanha outra iniciativa de educação patrimonial voltada ao público jovem. Está acontecendo desde o dia 20 e finaliza-se no dia 30 de junho, a segunda edição do Fórum Juvenil Ibero-Americano do Patrimônio Mundial dá sequência ao evento de mesmo nome realizado em 2009, em Sevilha, quando esta cidade recebeu a 33ª Sessão do Comitê do Patrimônio Mundial.

Este ano o encontro será sediado em Aranjuez e terá a participação de estudantes de 12 a 15 anos da Espanha, Portugal e países ibero-americanos. Do Brasil, foram selecionados um adolescente do Ceará e outro do Rio de Janeiro. Além disso, acompanhará o evento a técnica em Educação Patrimonial do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan, Sônia Rampim Florêncio, que é a responsável pela organização do Fórum congênere a ser promovido no Brasil.


Os principais temas do Fórum de Aranjuez serão paisagem cultural e turismo sustentável. Além das atividades com os jovens, a expectativa é que o encontro sirva para estimular o aumento do intercâmbio de experiências sobre educação patrimonial entre os Ministérios da Cultura do Brasil e da Espanha. A partir da realização dos dois Fóruns Juvenis, projeta-se ainda a articulação de uma rede juvenil internacional capaz de trabalhar em conjunto com governos e outros agentes da sociedade civil em ações de preservação, promoção e sustentabilidade do Patrimônio Mundial.

Para saber mais informações sobre o Fórum Ibero-Americano, visite o site

Jogos, Donwloads sobre o Patrimônio Mundial e a Geografia
No site do Fórum Ibero-Americano existem vários jogos, para melhor conhecimento do patrimônio mundial não só para a juventude, mas para todos que tiverem mais interesse em conhecer a Geografia Mundial. Em espanhol.



Há também imagens belíssimas dos países participantes do Fórum. Faça o download e tenha em seu micro imagens como estas:






Acesse: http://www.patrimoniojoven.com/2doforojuvenil/home.php
Fonte: Coordenação de Educação Patrimonial; ASCOM.

Programa Petrobrás Cultural

Petrobras abre inscrições para 16 áreas de seleção pública na área de cultura.


Em 2003, nasce o Programa Petrobras Cultural (PPC), abordando a cultura brasileira em suas mais diversas manifestações e segmentos. Alinhado ao Planejamento Estratégico da Companhia e em sintonia com as políticas públicas para o setor, o PPC vem fundamentar a atuação da empresa em torno de uma política cultural de alcance social e de afirmação da identidade brasileira. Uma das principais modalidades de escolha de projetos do PPC é a Seleção Pública.

Embora os primeiros patrocínios culturais da Petrobras remontem à década de 1980, foi em 2001 que a empresa lançou sua primeira seleção pública de projetos em âmbito nacional, o Programa Petrobras Artes Visuais, seguido, em 2002, pelos programas Petrobras Cinema, Petrobras Artes Cênicas, e Petrobras Música.

Na Edição 2010 o Programa abre para três linhas de atuação: Preservação e Memória, Produção e Difusão e Formação, cada uma com diversas áreas. Essa é uma forma da Petrobras apostar de forma transparente e democrática na produção cultural do país.

Conheça mais sobre o programa no site www.petrobras.com.br/ppc.
Fonte: Petrobrás

10 anos de Cine BR em Movimento

O Projeto Cinema BR em Movimento foi criado com o objetivo de colaborar com a reversão dos indicadores negativos observados na área de distribuição e acesso da população brasileira aos seus bens audiovisuais. Apesar do notável amadurecimento técnico e estético e do expressivo crescimento de produções a partir de 1995 – a denominada Retomada do Cinema Brasileiro – os brasileiros, seja por questões geográficas ou econômicas, não têm tido acesso a essas obras.


Estatísticas demonstram que 92% dos municípios brasileiros não possuem sala de cinema. No ano de 2002, o circuito exibidor de cinema teve apenas 8% de suas telas ocupadas por produções nacionais. A absoluta maioria dos lançamentos comerciais só alcançam as áreas centrais dos grandes eixos urbanos do sudeste e do sul do país, contando ainda com poucos dias de permanência nas salas de cinema. Isto resulta na exclusão da maior parte da população brasileira do acesso aos seus bens artísticos, contribuindo ainda com a formação de uma sociedade balizada por imaginários contendo referências, valores e desejos exógenos.

O Cinema BR em Movimento, além de ser uma ferramenta de cidadania e inclusão social, democratizando o acesso à produção cinematográfica nacional, fomenta, através de seus Agentes Culturais espalhados por todo o território nacional, uma rede de parceiros que, de alguma forma apóia, ajuda ou incentiva o trabalho de campo dos Agentes. São parcerias importantes para o projeto que têm orgulho e prazer em participar. Selecione abaixo um estado da federação e conheça alguns de nossos parceiros.

Fui uma Agente Cultural representante do projeto nos anos de 2005 e 2006 na cidade de Presidente Prudente, onde pude junto com o apoio de colegas na época da faculdade exibir e dicutir sobre os filmes, trazendo a comunidade acadêmica e a comunidade local para um mesmo ambiente, sem divisões em prol do acesso à cultura. Foi a primeira vez que um projeto de cinema tão importante atingiu esta cidade média (200mil habitantes). Na época, um filme brasileiro no circuito comercial  ficava pouco tempo em cartaz nos únicos dois cinemas da cidade (não mudou muito de lá para cá... e em outras cidades também). Conseguimos alcançar sessões com um público de 60 a 90 pessoas, levando a análise de que o problema não é a qualidade dos filmes brasileiros, mas sim, a forma em que o capital atinge de uma forma tão cruel a aquisição dos direitos de cada individuo.




Notícias na Imprensa local sobre as sessões realizadas dentro do campus. Créditos das Imagens: Debora Nascimento e Alex Paulo de Araújo
Fonte: Cine BR